Fazem 9 meses e 24 dias que não vi mais nenhum sobrevivente.
Mais um dia.
Mais uma certeza.
“ Porque ainda não morri? “
Hoje meu dia foi cercado por essa pergunta impertinente.
Hoje eu acordei com raiva. Raiva da vida que levo neste inferno, raiva do jeito que me sinto tratado pelo Deus que minha mãe tanto defendeu.
Ele não existe. Agora, eu tenho certeza.
A logica deste lugar, me faz desacreditar em todas as crenças, na esperança, na alegria, na fé, no amor.
Como ter esperança, se meu único objetivo foi tirado a 9 meses atrás? Com ter alegria, se vivo de comer lixo e dormir em meio a ossos de pessoas inocentes? Como ter fé, se não acredito nem em mim mesmo?
Como amar? se sou o ultimo...
Hoje, em pleno meio dia, me peguei dizendo estas coisas, para uma latinha de ervilha que achei no meio da estrada. Eu estava sentado, conversando, abrindo meu coração, para uma simples e metálica, enferrujada latinha de ervilha velha.
Acho que me identifiquei com ela, pois ela estava vazia, assim como eu.
Me espelhando nela, ali parada, sem utilidade, Percebi que minha presença naquele local, era meramente uma brincadeira sem graça do destino.
Me levantei, sacudi o pó, chutei a latinha para longe, e resmungando segui meu rumo, pela estrada. Até hoje, eu achei que os Infectados só caminhavam de noite...
porem foi só até hoje.
Chegando a um determinado ponto daquela pista, me deparei com um amontoado de carros parados, abandonados, claro. Talvez, fosse um congestionamento, que se formou ao avacuarem a cidade, porem, nunca chegaram a sair dali.
Eu sabia, que se passasse no meio daquele monte de ferro velho, veria os esqueletos das pessoas que talvez não conseguiram sair do interior de seus carros, diante da correria no dia da evacuação.
Era uma escolha simples, porem sabia que ia mexer comigo.
Optei passar mesmo assim, porem, em uma breve pausa, olhei para cima, e em tom de ira e desapontamento, ja tomando folêgo, gritei “Droga!”.
Foi meu desejo. Foi meu erro.
De dentro de um caminhão baú que estava atrás de mim, dois infectados acordaram com o som de meu grito. Foi de imediato, eles começaram a correr atrás de mim, dentre aqueles carros..
Eu não sabia, se me virava para atirar neles, ou se me espantava com o fato de eles estarem caminhando diante da luz do dia.
Corri mais de 150 metros, e por poucos minutos, consegui despistados em uma pequena curva.
Foi o suficiente para eu carregar aquele rifle, e disparar contra os dois, lentamente, friamente. Ainda ali em posição, com aquela arma diante de meu rosto, mirando em direção aos dois corpos mortos jogados no chão, eu esperei que o silencio me trouxesse a certeza que eu estava só novamente. Nesse tempo. Ainda respirando aquele leve cheiro de pólvora que se espalhou no ar, eu percebi que no começo do meu dia, eu não achava objetivo que me desse vontade de continuar a viver.. e agora, eu estava me defendendo da propria morte. Abaixei aquela arma. E agora perplexo com o fato de que eles também andam sobre a luz do dia, eu me perguntava o porque achava que só andavam de noite?
Talvez porque eles me lembram a morte, e a noite as trevas.
Mais isso não fazia sentido, eu deveria saber de alguma forma, mais não encontrei resposta até agora.
O destino estava me pregando pesas. Estou magro, e quase sem forças de continuar caminhando.
Hoje cheguei a um grande lago. Estou escrevendo debaixo de um viaduto, vendo o sol se por, que com um lindo reflexo de pureza, me lembrou minha mãe, que morreu a 9 messes atrás. Chorei novamente, de saudade, de dor.
Porem, mesmo assim, parei para analisar tudo que fiz hoje. Mesmo sabendo que estou sendo infectado pela loucura, tenho que botar minha cabeça no lugar.
Consegui enxergar, algo que hoje me passou despercebido de certa forma.
"O que aquela latinha de ervilha estava fazendo no meio daquela estrada?"
Enfim. Estou sem capacidade mental para cogitar nas varias hipóteses agora.
Vou dormir, pelo menos isso eu tenho certeza do que faço.
_
Continuo seguindo pela estrada, pelos confins de diadema rumo a santos. Guiado por minha insanidade que me conduz para longe do meu passado.
8 comentários:
Haha Pessoal, 8 Capitulos já hem, quem diria. xD
Bom, se alguem encontrar algum erro de concordancia nos textos, ou palavras erradas, me avise. ultimamente ando com tanto sono, que as vezes acabo durmindo durante a edição de um capitulo! ;D
acontece, acontece!...
Por isso pesso que me ajudem.
Valew galera.
Puts, "PESSO" com 2 esses é Phoda!
Retificando:
Peço*
^^
Bom, cara, pra falar a verdade, tem vários erros. ahUIAHihaAHiuh...
Mas relaxa que isso é irrelevante. Começa a escrever os textos no Word antes de colocar aqui, que o corretor ajuda a diminuir os erros. ;D
Falou ae
POW CASSIO!
Q TEXTO EM!!!
MTO BOM
REALIZEI O MEU DESEJO DE VE O PERSOANGEM MATAR INFECTADOS
HAUHUAHUAHAUH!!!
CONTINUA AWEE!!!
TA BOM D+
Nhaaiii tem nenhum erro não mininu!
Ta perfeita!
bjs. :*
Muito bom.
Esta seguindo uma Linha Bem interessante. você ta conseguindo explorar super bem o lado psicologico dele.. nossa. quem lê devagar, consegue se imaginar na situação dele.
parabens.
Nossa cara, começei a ler tudo agora, e vc mandou muito bem mesmo. e olha que eu nem gosto de ler, só mangá e quadrinhos.. e olhe lá.
flows, e continue assim.
Nossa Muito bom.
Parabéns. bjs
Postar um comentário