Qual o sentido da vida?
Se há algum sentido nela, tem um objetivo a se perseguir.
Qual o meu objetivo?
Hoje de manhã, enquanto esquentava a agua para coar o café, minha mente viaja na possível resposta dessa pergunta. Sem sentido, sem objetivo, sem esperança, sem fé. Sem Deus.
Ultimamente me sinto tão abandonado, que até minha mente está me deixando. Estou sujo, não tomo banho a dias. Me sinto ameaçado pela minha própria imaginação, que ao me defender da solidão, me alimenta com visões falsas. Meus sentidos são cúmplices dela. Todos estão me engando.
Hoje, percebi que cheguei a um estado tão deplorável, que mesmo escrevendo neste diário, e treinando minha singela escrita, eu esqueci meu próprio nome. Tenho mais certeza a cada dia que passa, que aos poucos eu estou morrendo.
Estou virando um zumbi.
Em um ataque de panico, ali do lado daquela fogueira, derrubei a panela de agua quente, que veio a espirar no meu braço. Indescritível a dor, porem mais indescritível ainda, foi ver ele ali, na minha frente.
Era um homem com um terno branco. Cabelo branco, liso. Os olhos eram castanhos claros, ele estava agachado, na minha frente. Não era um infectado. Diante de sua presença fiquei intacto, Parado. Minutos se passaram e a única coisa que se escutava era o solo constante das cigarras com um ténue tenor dos sapos. Foi terrível a sensação. Ele me encarava de forma que me fazia me arrepender de estar ali, como se aquele lugar fosse dele. Olhar tão frio, que logo senti novamente o medo da noite que escutei os sons do inferno.
Ele levantou, lentamente, e me disse com um ar irônico:
"- Eu sei quem é você! "
Logo sem reagir ao que ele disse, aquela dor no meu braço pulsou, e eu gritei de dor.
Olhei para meu braço, e disse que havia me queimado, e perguntei se ele tinha algum remédio. Foi ai, que percebi que ele não estava mais lá. O procurei rapidamente com gestos rápidos da cabeça, porem, sem sucesso. Logo, ainda sem intender o que estava acontecendo, percebi que aquela panela estava no fogo, e que a agua ainda estava ali dentro, borbulhando. Olhei novamente para meu braço, e não havia mais queimadura. Gritei novamente, agora de espanto! Loucura.
O que estava acontecendo comigo? Quem era ele? Quem sou eu?
Não esperei mais! aquele viaduto de certo era amaldiçoado, aquele lugar todo era. Peguei minha mochila, e deixei tudo como estava, a agua no fogo, meu pequeno cobertor no chão...
Sai correndo, mancando de dor.
Depois de me afastar o suficiente para não conseguir ver mais o viaduto, percebi que tinha saído da área urbana da cidade, pelo menos agora havia poucas casas, espalhadas entre a mata. Decidi entrar em uma, para me alimentar. Ao chegar em algo que me lembrava uma cozinha, percebi que estava andando normalmente, que não havia nada na minha perna, ou no meu pé, que me fizesse sentir dor.
Após sentar no chão, obtive minhas poucas horas de sanidade do dia. Horas de paz. E refletindo, agora tenho certeza, que estou louco!
Percebi que agora preciso me ajudar. Já que os passarinhos não me guiam mais, muito menos as nuvens, que desapareceram do céu.
Cheguei a um ponto, que preciso acreditar em algo, se quiser me manter vivo, como me mantive nos últimos 9 meses. Decidi, que caminharei para santos, seja o que for que tem lá, os outros sobreviventes estavam indo para lá. Talvez tenha uma colonia de sobreviventes, ou senão, estão embarcando todos os sobreviventes deste continente, e levando para outro. É isso, os outros continentes se recuperaram, e agora estão vindo nos resgatar. Tudo ficou claro para mim.
Voltei para a estrada, e antes que pudesse escurecer, parei um pouco, para escrever aqui. Estou sentado em um sofá velho, atrás de mim, dá para ver os prédios do centro da cidade bem pequenos. E na minha frente, a algo que me chama a atenção, uma coluna de fumaça se levanta por detrás da serra, logo no que eu acho que seja o inicio da descida para santos. O que me intriga muito. vou aproveitar essa minha coragem e determinação, para mesmo de noite seguir viajem. Quero sair logo desse inferno.
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Enfim, continuo seguindo rumo a santos. Seja o que for que tem lá, sei que tem alguem me esperando.
10 comentários:
Uhuu.. 1º a ler! :D
estamos quase no 10º capitulo ja heim! bjs mininu.
putz véiii!!!
tá mto bom isso aq kra!
to curioso pra saber se o cara existe mesmo ou é paranoia dele...
uhullll ta vindo pra santos...
daki a poko ta aki em são vicente :D
Olha eu aqui retribuindo a visita e o comment..
Você mesmo tira as fotos ou acha na net? Muito boas.. dão um clima sensacional pra história...
Pra mim, o tio do terno branco é só paranóia dele... Quem mandou fazer sopinha de cogumelo alucinógeno? Dá nessas doideras aí... haha Daqui a pouco vai aparecer um elefante colorido na serra...
Tá muito boa a saga e boa sorte!
PS: Não olhe agora, mas tem um infectado ATRAS DE VOCÊ! *risada maligna*
UAHuahUAHu... Valew Frank! ^^"
tenho algumas historias com Fanhos tbm, quando fiz curso lá no SENAI, em araçatuba, um dos meus companheiros de classe era fanho. agora, imagina o professor pedindo pa ele falar as dimençoes das peças! UHAuhau..
nada contra!
mais que a gent raxa, a gent raxa! ^^"
Gostei...
vc escreve mt bem, tem enredo. Parabéns!!!
Passa lá no meu depois.
Bjos!
Teu texto até que está bom...
Mas cara sei lá eu nao gostei da historia desse filme!
Sei la achei meio sem graça demais!!!
http://www.avidanobeco.com/
Criticas fazem parte! ^^
ps: Não estou escrevendo um FILME!
ps²: seria bom ler lá do capitulo 1 para entender a historia.
Muito bom. como sempre! ^^
nhaii...mais esse filme ta boum hein...kkkkkk
Nussa..ii agora...qm sera o homem dii brancO??
Q venha o Capitulo 10...xD
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