Fazem 9 meses e 19 dias que não vi mais nenhum sobrevivente.
Não tive uma noite muito agradável, como esperava.
Eu achei que tinha me acostumado com o medo, crescer e viver em meio a uma cidade assombrada por mortos-vivos me fez acostumar com ele, para mim é um sentimento simples, como o da alegria, da tristeza, dor...
Porem, Nesta noite, senti novamente aquele frio que sobre lá debaixo da espinha até o bulbo. Frio, que me fez ficar paralisado, fosse de pensamento, fosse de ação, respiração!
Foi tudo por volta das 3:30 da madrugado, quando despertei novamente assustado com os sons dos tiros dos sobreviventes que estou seguindo. Pelo intervalo dos sons dos disparos, conclui que são mais de dois sobreviventes.
Pelo jeito, o acampamento deles foi atacado de noite por infectados, e ao se protegerem, cometeram a maior imprudência que talvez lhe custaram as próprias vidas, revidando com uma chuva de tiros denunciaram a sua posição para os outros infectados da região.
Para mim, pior do que ter tido que escutar a noite inteira, gemidos , gritos horripilantes desesperados integrados ao som sinfônico e frenético dos disparos das armas e não poder fazer nada, será talvez voltar a me acostumar com a idéia de que sou o único sobrevivente, e que agora, estou sem rumo novamente.
Espero que tenha sobrado alguem lá..
Pela manha, ainda atordoado com a insonia, caminhei lentamente me camuflando entre a vegetação alta, ao encontro do que de noite provavelmente foi o inferno na terra. Caminhei tão lentamente, que depois de 4 horas, por influencia do medo e do medo da decepção, percebi que não tinha me afastado o suficiente da Roda-gigante, a ponto de ainda conseguir ver a cabine que se tornou meu álibi esta noite.
No final da tarde, cheguei ao que me parece ser um pequeno armazém abandonado. Minha duvida sobre aquele local foi respondida ao ler uma pequena plaquinha na porta, que indicava “Parque estadual, Agua funda“,pelo menos agora sei que estou em Agua funda.
Finalmente, dentro do pequeno armazém, encontrei mais uma fogueira, ainda estava com a lenha quente. Em sua volta, algumas latas de mantimentos vencidos, e alguns frascos de tranqüilizantes recém utilizados.
Apesar do sangue no chão, e do corpo de um infectado que encontrei debaixo de uma lona amarela, este de longe não era o palco do inferno que ouvi de noite. Devido as capsulas de rifle que encontrei jogadas próximo a fogueira, conclui que foi dali que os sobreviventes fizeram os disparos que me fizeram acordar assustado ontem de manha.
Vou passar a noite aqui, aproveitar a lenha e torcer para que esta noite seja mais calma. Pois sei que amanha será um dia difícil.
Amanha saberei se minha esperança ainda vive, o que torna ainda mais pulsante minha ansiedade.
Enfim, Continuo Seguindo os Rastros dos Possíveis Sobreviventes, no Parque Estadual, rumo ao desconhecido.
10 comentários:
é meu menino... até q vc num é tão burro... até q vc é criativo...
tou adorando a historia mlq...
num para naum q quero ver a historia até o final...
Caraca cassio...
Muito bom mesmo heim!
Não vejo a hra de ler amanha.. ops, hoje! xD
Muito Bom.
Apesar de ter o mesmo enredo do "I am Legend", sua versão (brasileira) é bem criativa.
Interessante! ;)
uau! =O
Bjs Morécoh!
Aeeee
Show,show
I no próximo ja to eo aki dinovu huahauahuaa
beiju graaandi =]
Legal Cara! ;D
Continue assim..
heheh ta bom garoto.. boa sorte!
Nossa... me senti na pele dele! o.o
uau, se refugiar no lugar onde os sobreviventes acaparam e quase foram atacados é meio prudente
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