“ Seja bem vindo(a) “

Espero que estejam gostando da saga desse corajoso jovem.

Me perguntaram ontem se eu podia falar o final da historia, e lhes digo: “Não sei nem o que vai ser do MEU dia amanhã!”. Por isso, meu foco principal, alem de manter um bom enredo, é lhes dar a vantagem de ler algo que é dinâmico de certa forma. Pois a historia segue um rumo, que pode ser alterado a qualquer momento, dependendo da minha imaginação munida de meu Humor. É inconstante dessa forma, porem, vejo que está dando bons resultados. Peço a todos, que assim que lerem o capitulo do dia, postem um comentário, nem que seja "oi". Pode parecer banal, mais é o que me motiva mais e mais estar aqui escrevendo esta historia para vocês.



ps: Estou me Baseando no Filme "I am Legend" Para poder criar O CLIMA dessa historia, então seria uma boa dica assistir o filme, para aqueles que querem entender melhor como é estar sozinho no mundo!


Obrigado

[ INDICE ]

Para melhorar a Organização deste Blog, aqui vai um Indice dos Capitulos ja postados.

[ Diario de um Sobrevivente ]

1º Temporada

[ Capitulo 1. ][ Capitulo 2. ][ Capitulo 3. ][ Capitulo 4. ]
[
Capitulo 5. ][ Capitulo 6. ][ Capitulo 7. ][ Capitulo 8. ]
[ Capitulo 9.
][ Capitulo 10. ][ Capitulo 11. ][ Capitulo 12. ]
[ Capitulo 13. ][ Capitulo 14. ][ Capitulo 15. ]||

2º Temporada

[ Capitulo 16 ]|



Me perguntaram com quantos capitulos eu iria finalizar.
eu respondi:
" Já não sei mais.. quantos minha imaginação conseguir produzir! "

Afinal, o que seria desse Blog, sem vocês?!
Obrigado, a todos.

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ACABARAM AS FERIAS... Graças a Deus! ;)

E voltamos com força total na 2º Temporada
Aproveitem! e Obrigado pela Paciencia!


terça-feira, 1 de julho de 2008

[ 1 de Outubro de 2058 ] - “Capitulo 15”

Nunca é tarde, para se Começar algo Diferente.

porem, Antes de abrir meus olhos, ao acordar, tive uma leve sensação de que a partir de hoje, algo mudaria, algo diferente. E eu não estava errado...



Acordei disposto, porem o cheiro da fumaça da fogueira já estava insuportável. como é de costume levantar e já pegar meu rifle, dessa vez foi diferente, primeiro fui me certificar da presença do cachorro, e ele não estava lá. com um subto reflexo, meu rifle já estava em mãos, incrível essa habilidade que desenvolvi de temer o medo. Me levantei, e em uma caminhada composta de alguns passos, as possibilidades do que poderia ter acontecido com o bichinho me vieram a cabeça. Me lembrei que ontem, vasculhando esta parte da casa, havia um quarto lá na frente, com uma sacada sem proteção, talvez ele caio lá embaixo.. ou talvez, ele nem tinha existido, e tinha sido tudo fruto da minha perversa imaginação.


Ainda atordoado da cabeça, continuei caminhando, e aos poucos, conseguia ouvir os latidos dele. Continuei caminhando pelo corredor, e a cada passo que dava, o som dos seus latidos ficavam mais intensos, eu estava chegando perto.

Entrei no quarto da frente, e lá estava o ogro na sacada, olhando atentamente para baixo, e latindo freneticamente. Enfim, eu não estava louco, o ogro existia realmente. Ainda sem intender, não chamei sua atenção, e me aproximei aos poucos do cachorro, e logo ao chegar naquela sacada e olhar para baixo, para minha surpresa descobri o motivo da pertubação daquele cão.


A parte de baixo da casa, térreo, estava forrada de infectados, que gemiam e gritavam, se de gladiavam por um lugar mais próximo perto a aquela pequena sacada, de onde eu e o ogro estávamos imoveis. Era uma cena inusitada, não tive medo, apesar de serem muitos, porem um frio me tomou na espinha, porque olhado mais a diante, na estrada, percebi que chegavam mais e mais infectados, era uma grande festa aonde todos os mortos daquela cidade foram convidados, porem, o banquete principal era minha carne, literalmente!


Fiquei calmo, porem o rifle descontrolado denunciava a tremedeira de minhas mãos, reflexo do medo. Depois disso, respirei fundo, e a primeira coisa que fiz, foi me certificar que a porta que isolava as partes de cima desta casa, estava bem trancada. comecei a jogar tudo que eu encontrava naquela parte da casa, na porta, para que ficasse impenetrável. Depois de algumas horas, tive a certeza que agora eu estava em uma fortaleza, porem, para minha própria infelicidade, sem saída, era meu pequeno tumulo. Tudo que avia sobrado agora, era um armário antigo, e uma cadeira de praia vermelha, um tanto enferrujada devido a maresia desta área, porem digna de ser meu trono.


Enquanto eu estava sentado na cadeira de praia, naquela sacada, eu observava os infectados chegando, um após o outro. Uma verdadeira multidão veio assistir meu discurso, já que sentado naquela cadeira na sacada eu era o rei. Mesmo assim, fantasiando o trágico final do meu reinado, Fiquei sem intender o porque todos agora deram para me seguir de uma vez, bela recepção da cidade a minha chegada. Entediado, comecei a descarregar meu rifle neles, um a um. os alvos eram os mais inusitados possíveis entre eles, preferencialmente eu escolhia os que ainda tinham roupa, a sensação de mirar durante minutos e depois atirar bem no meio da cabeça, me proporcionava a sensação de superioridade, intocável. até que a munição acabou! e eu me dei conta que nem toda minha munição da mochila daria conta de todos eles. Agora sim, eu tinha percebido o tamanho do problema que eu tinha em mãos, estava preso, cercado por todos os infectados dessa imensa cidade, e ainda por cima, sem comida.


Olhei para o ogro, que estava deitado ao meu lado ofegante de tanto latir, e passando a mão e sua cabeça, eu disse: “ Agora Fodeu! “

ele, ironicamente, ou sem intender nada, olhou nos meus olhos, e com um rápido esforço, latiu. Talvez ele tenha dito que era tudo culpa minha, que eu era um completo idiota. ou que a culpa era dele de ter passado a manha inteira latindo como um alto falante anunciando uma promoção no mercado, que no nosso caso, era de carne. Ou talvez, tenha apenas concordado comigo.


Ou simplesmente não tenha entendido nada.


Ainda procurando uma solução para tal problema, comecei a contar os infectados; um, dois, três.. perdi a conta no trezentos e quarenta e sete, quando no meio deles lá na estrada, vi aquele homem velho com seu terno branco. Ele sorria para mim com um ar de grandeza, ele sabia que eu estava ferrado, e agora eu sabia que tudo isso era culpa dele. Infeliz, a morte me persegue, e não poupa esforços.


Antes da noite cair, subi até a laje, que estava com metade do telhado construído, ou seja, antes da evacuação os donos dessa residencia estavam terminando a casa. Engraçado é, minha mãe me dizia que muitas pessoas passavam a vida trabalhando para comprar ou construir uma casa. Agora eu me pergunto, do que valeu tudo esse esforço, se foi abandonado tudo na evacuação? Qual o sentimento das pessoas diante de deixar tudo para trás.. será tão horrível, quanto saber que vai ter que recomeçar tudo do zero? Realmente não sei, não pequei essa época, minha vida inteira eu batalhei para sobreviver, tive todas as casas que quis, e as que eu nem imaginava, por isso mesmo, dou mais valor a minha vida. Afinal, do que vale tudo isso, se você nem é vivo para desfrutar?


Esse meu momento filosófico, ou insano, é conseqüência de saber que estou acuado aqui neste lugar, sem saída. Talvez isso me fez parar e pensar um pouco na vida, no meu objetivo. Acendi uma fogueira aqui em cima, com algumas lascas do velho armário. Também trouxe meu trono.


Enquanto escrevo, aproveitando os últimos raios do sol, sentado no meu singelo sinal de reinado, consigo ver todo o horizonte, inclusive o mar, que se entrelaça com alguns prédios. consigo sentir o cheiro do mar. Porem o incrível cheiro de carniça dos infectados é insuportável, assim como o barulho Abaixo de mim, dos gemidos e gritos incessantes dos monstros querendo me devorar. Esta noite tenho certeza que não conseguirei dormir, ao contrario do ogro, que deitado aos meus pés, já suspira tranqüilamente.


Até amanhã, saberei o que fazer, antes que eu e o ogro morramos de fome.
Enfim, meu rumo era o mar, porem agora eu estou preso aqui neste lugar...




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Enfim, Terminamos aqui a 1º temporada desta envolvente jornada desse humano misterioso, pela busca dos seus semelhantes, alimentado pela esperança, e perseguido pela morte, Diariamente.


Em Janeiro de 2009, se Deus assim permitir, daremos inicio a 2º temporada.

Agradeço a Todos pela Paciencia, e pelo tempo dedicado a esta Leitura.


Do Autor, Cassio Marques.